quarta-feira, 26 de março de 2008

ARTIGOS E TEXTOS ELABORADOS

QUESTÕES RELACIONADAS AOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAL

O que são os PCNs?

Os parâmetros curriculares nacional - PCN são as referências de qualidade para o Ensino Fundamental e Médio do país elaborado pelo Governo Federal. O objetivo é proporcionar subsídios à elaboração e reelaboração do currículo, tendo em vista um projeto pedagógico em função da cidadania do aluno e uma escola em que se aprende mais e melhor.
Os PCNs são um conjunto de orientações para melhorar a qualidade do ensino e contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes, críticos, autônomos e participativos. Eles orientam sobre o que e como ensinar. Para sua implantação, são levados em consideração estudos psicopedagógicos e experiências de currículos nacionais e internacionais.


Quais são os conteúdos de Geografia propostos pelos PCNs e as formas de desenvolvê-lo?

Para tanto, a seleção de conteúdos de geografia para o ensino fundamental deve contemplar temáticas de relevância social, cuja compreensão, por parte dos alunos, se mostra essencial para sua formação como cidadão.
Os conteúdos selecionados devem permitir o pleno desenvolvimento do papel de cada um na construção de uma identidade com o lugar onde vive e, em sentido abrangente, com a nação brasileira, valorizando os aspectos socioambientais que caracterizam seu patrimônio cultural e ambiental. Devem permitir também o desenvolvimento da consciência de que o território nacional é constituído por múltiplas e variadas culturas, que definem grupos sociais, povos e etnias distintas em suas percepções e relações com o espaço e atitudes de respeito às diferenças socioculturais que marcam a sociedade brasileira.

Qual escola geográfica o PCN de Geografia está vinculado?

É praticamente impossível verificar a abordagem geográfica utilizado pelo PCN de Geografia, pois como a própria geografia é uma ciência complexa, no PCN estão presentes todas as temáticas geográficas, ou seja, os conteúdos de geografia apresentam um pouco da característica de cada escola geográfica.

Qual a fundamentação teórica e metodológica para a área de Geografia do PCN?

As transformações teóricas e metodológicas da Geografia tiveram grandes influencias na produção cientifica nas ultimas décadas. Para o ensino, essa perspectiva trouxe uma nova forma de se interpretar as categorias do espaço geográfico, do território e da paisagem, e influenciaram, a partir dos anos 80, uma série de propostas curriculares voltadas para o segmento de quinta a oitava séries. Essas propostas, no entanto, foram centradas em questões referentes a explicações econômicas e a relações de trabalho que se mostravam, no geral, inadequadas para os alunos dessa etapa da escolaridade, devido a sua complexidade. Além disso, a prática da maioria dos professores e de muitos dos livros didáticos conservou a linha tradicional, descritiva e descontextualizada herdada da Geografia Tradicional, mesmo quando o enfoque dos assuntos estudados era marcado pela Geografia Marxista.
Tanto a Geografia Tradicional quando a Marxista ortodoxa negligenciaram a relação do homem e da sociedade com a natureza em sua dimensão sensível de percepção do mundo: o cientificismo positivista da Geografia Tradicional por negar o homem a possibilidade de um conhecimento que passasse pela subjetividade do imaginário; o marxismo ortodoxo por tachar de idealismo alienante qualquer explicação subjetiva e afetiva da relação da sociedade com a natureza.
As sucessivas mudanças e debates em torno do objeto e método da Geografia como ciência, presentes no meio acadêmico, teve repercussões diversas no ensino fundamental. Positivas de certa forma, já que foi um estimulo para a inovação e a produção de novos métodos didáticos. Mas também negativas, pois a rápida incorporação das mudanças produzidas pelo meio acadêmico provocou a produção de inúmeras propostas didáticas, descartadas a cada inovação conceitual e, principalmente, sem que existissem ações concretas para a realmente atingissem o professor em sala de aula, sobretudo o professor das séries iniciais que, sem apoio técnico e teórico, continuou e continua, de modo geral, a ensinar Geografia apoiando-se apenas na descrição dos fatos e ancorando-se quase que exclusivamente no livro didático.
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PORTFÓLIO

Basicamente é a forma de tornar seus trabalhos portáteis e tê-los em mãos, reunidos em um só lugar (pasta, web, CD) para uma exibição rápida quando necessário.
Através do portfólio, entre outras coisas, as empresas contratantes têm a chance de avaliar e traçar uma linha da sua evolução e crescimento profissional. Um portfólio ou portofólio (ou ainda portefólio) é uma lista de trabalhos de um profissional ou empresa.
Glossário: Portfolio: Termo de origem anglo-saxônica que designa o conjunto de títulos e ações de um investidor, individual ou institucional. Ou: Documento formal que apresenta as experiências de aprendizagem fora da escola, sendo utilizado para solicitar reconhecimento académico da aprendizagem experimenal.
O Portfólio pode também ser considerado um material acumulado pelo desenvolvimento de um conjunto de ações de sucesso voltado ao melhor resultado de uma pesquisa ou de um trabalho. São situações interpessoais, que individualmente agregam valores ao processo através de experiência desenvolvida dentro de um determinado período de tempo, por uma análise contínua durante a evolução de um projeto, identificando possíveis potenciais problemas que possam ocorrer no decorrer do processo.
Um artista, arquiteto, publicitário, designer ou modelo de moda pode apresentar um porta-fólio de seu trabalho realizado até aquele momento, visando conquistar novos trabalhos. Neste caso, consiste de um conjunto de fotografias, recortes de jornais e revistas, peças produzidas ou outros registros de sua trajetória.
O portfólio também pode ser usado na educação, tanto por alunos como por professores, com o objectivo de fazer uma reflexão crítica sobre o seu processo académico, visando a melhoria de competências, atitudes ou conhecimentos. Normalmente é uma colectanea de documentos ligada a um texto seguindo uma lógica reflexiva. Normalmente tem uma estrutura proxima da que se segue: Capa, Índice, Introdução, Desenvolvimento pessoal, Desenvolvimento social, Desenvolvimento académico, Conclusão e Anexos. Atualmente é frequente apresentar o portfólio em suporte digital.
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CIDADES PEQUENAS: A IMPORTÂNCIA DA CONCEITUAÇÃO NA ESCOLA DE ACORDO COM A LOCALIDADE DOS ALUNOS.

Alexsandro Evangelista - UEL
Marcio Aparecido Meireles - UEL
marcio_meireles@yahoo.com.br

RESUMO
O território brasileiro, devido sua grande dimensão territorial, possui diferentes formas espaciais, uma delas são as cidades pequenas numerosas e com seus vários significados. Contudo se faz necessário um estudo aprofundado visando melhor entendimento das cidades pequenas no território brasileiro. Outra justificativa é a pequena quantidade de trabalhos acadêmicos que tem como recorte espacial e objeto de pesquisa as cidades pequenas, onde tal categoria guarda particularidades fundamentais na realização da totalidade, impondo-nos a necessidade de avançar sobre tal escala de análise, principalmente numa área onde é elevado o número destas cidades. Neste contexto a deficiência encontrada na conceituação de cidade pequena fica explicitada quando Fresca acrescenta: [...] ausência esta que se manifesta na maioria dos livros didáticos que se tornaram o único material bibliográfico utilizado pelos professores e alunos [...] discute-se muito em urbanização [...] (FRESCA, 2001, p.27). Os livros didáticos, no entanto, procuram dar conta de temáticas e conteúdos em nível geral, no período atual as cidades pequenas são singulares e uma situação não é igual à outra, e cada lugar combina de maneira particular variáveis que podem ser comuns a vários lugares (Santos,1998).

Palavras-Chave: cidade pequena, ensino, geografia.

OBJETIVOS

Objetivo geral: Promover mecanismos para diferenciar e conceituar as cidades pequenas no Brasil com recursos práticos para dinamização do conteúdo abordado no ensino fundamental e médio, fazer com que o discente tenha conhecimento do seu local vivido, mostrando para o mesmo que seu local é de extrema importância para o território, sendo centro do poder ou não.
Espera-se uma contribuição, ao entendimento da dinâmica das cidades pequenas bem como gerar trabalhos que possam subsidiar programas e projetos de desenvolvimentos regionais, além de contribuição às pesquisas geográficas;
Analisar as recentes transformações na urbanização brasileira, através de levantamentos e analises dos dados de distribuição populacional nas cidades pequenas;


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As cidades pequenas são numerosas, principalmente no contexto brasileiro. Porém os olhos do mundo direcionam sua atenção para as amplas áreas metropolitanas, onde estão concentrados os maiores fluxos de pessoas, mercadorias, informações, entre outros, concentrando os maiores problemas de desigualdades sociais. Entretanto, as cidades pequenas também refletem na paisagem sérios problemas sociais, econômicos, políticos e ambientais, e que somam a maioria das cidades brasileiros, cerca de 4.021 cidades de um total de 5.507, ou seja, aproximadamente 73% de cidades pequenos com população de até 20.000 habitantes, sendo que 46,3% da população do grupo de cidades residem na área rural, visto que no Brasil a população urbana passou de 31,2% em 1940 para 67,6 em 1980, de acordo com as indicações dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000).
Conforme Corrêa (1999, p. 45) o surgimento de centros pequenos: [...] deriva, de um lado, de uma necessária economia de mercado, pois mais incipiente que seja geradora de trocas fundamentadas em uma mínima divisão territorial de trabalho. De outro deriva de elevadas densidades demográficas associada a uma estrutura agrária calcada no pequeno estabelecimento rural ou em plantations caracterizadas pelo trabalho intensivo.
Após os anos de 1980 a globalização se manifestou no Brasil de modo desigual no tempo e espaço, se deu através: industrialização (aumento de bens de produção de consumo durável e não-durável), urbanização (aumento da população urbana e a crescente adoção no comportamento urbano), incorporação de novas áreas e refuncionalização de outras, industrialização no campo (implicando a reestruturação fundiária, nos sistemas agrícolas, no habitat rural), entre outros fatores. E um dos impactos oriundos da globalização sobre o urbano esta na ocorrência de novos centros e alterações funcionais ou refuncionalização dos pequenos centros já existentes (CORRÊA, 1999, p.47).
No Brasil, todas as sedes de cidade, independente do tamanho populacional são consideradas cidades, tendo em vista a definição oficial preconizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto para Santos (apud FRESCA, 2001, p.28), para que o núcleo de povoamento possa de tornar cidade é necessário ter: “[...] uma dimensão mínima a partir da qual as aglomerações de população deixam de servir as necessidades as atividade primária para servir as necessidades inadiáveis da população com verdadeiras especializações do espaço”. Em outras palavras, haverá a existência de uma cidade, quando a mesma possibilitar a distribuição de bens e serviços mínimos para sua população residente e hinterlândia, ou seja, atender as necessidades básicas como saúde, educação, cultura, saneamento básico, entre outras, para sua população.
Há interferência de interesses políticos, em alguns casos que influenciam a emancipação de alguns núcleos de povoamentos a condição de sede municipal, que nem sempre possibilitam atendimentos de “[...] necessidades vitais mínimas, reais ou criadas de toda a população em uma vida de relações” (SANTOS apud FRESCA, 2001, p. 28). Que essas cidades pequenas nem sempre estão adequadas às legislações obrigatórias da Constituição de 1988 e com pouca ou quase nenhuma oferta de bens e serviços individuais e coletivos. Por exemplo, segundo o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), as delegacias de mulheres e os programas de defesa do consumidor estão presentes em apenas 0,4% a 5,0%, respectivamente, nos cidades de até 20.000 habitantes (IBGE, 2000).
O entendimento de uma cidade como sendo pequena se dará através de sua inserção em uma dada área, região ou rede urbana. “É preciso, pois, o entendimento do contexto sócio-econômico de sua inserção como eixo norteador de sua caracterização como forma de evitar equívocos e igualar cidades [...] que em essência são distintas” (FRESCA, 2001, p.28).
Muitos são os exemplos de pequenos centros que passaram pelo processo de refuncionalização e foram re-inseridos na rede urbana através de suas novas atividades. Visto que tal processo pode-se realizar de duas formas, segundo Corrêa, a primeira se da pela: [...] perda, relativa ou absoluta, de centralidade, acompanhada em muitos casos pelo desenvolvimento de novas funções não-centrais ligadas diretamente ao campo. Esta refuncionalização deriva de uma combinação de manifestação da globalização alterações na circulação em geral e no processo produtivo da hinterlândia da pequena cidade primordiais. (1999, p.48).
A segunda forma de refuncionalização apresentada por Corrêa (1999), diz respeito a: [...] transformação do pequeno núcleo a partir de novas atividades, induzidas de fora ou criadas internamente, que conferem uma especialização produtiva ao núcleo preexistentes, inserido-o diferentemente na rede urbana, introduzindo nela uma mais complexa divisão territorial do trabalho (p.50).
Com toda esta reflexão realizada acima podemos, então, analisar a dimensão no que significaria uma cidade como sendo pequena.

METODOLOGIA

Nesse contexto que levaríamos a sala de aula tais considerações, pois a realidade vivida pelo aluno, no caso aquele que reside numa cidade pequena, ou mesmo aquele que vive num grande aglomerado urbano, é bem mais rica do que a teoria, onde ele, o aluno, entenderia seu próprio lugar.
Quando estudamos no ensino regular (fundamental e médio) o conteúdo de urbanização brasileira era dado de maneira geral, destacando as principais regiões e metrópoles brasileiras. O rompimento desta prática de ensino, que da ênfase só as grandes metrópoles, parte do professor, no entanto, não queremos excluir as grandes metrópoles do ensino de geografia, mas sim incluir os conceitos de cidade pequena e sua significância na urbanização brasileira.
Deste modo, partiremos da realidade do aluno, visando àqueles residentes em cidades pequenas, propondo nas aulas expositivas mecanismos (conceitos, exemplos) para que ele participe e contribui para as reflexões geográficas, partindo do pressuposto que a sua realidade é bem mais rica do que a teoria.
Como resultados esperamos que o aluno construa um arcabouço teórico que o possibilite a argumentar, defender ou criticar a sua realidade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CORRÊA, R. L. A rede urbana. São Paulo: Ática, 1989.

CORRÊA, R. L. Globalização e reestruturação da rede urbana – uma nota sobre as pequenas cidades. Território. Rio de Janeiro, v.6, n.6, p. 43-53, jan./jun. 1999.

CORRÊA, R. L. Repensando a teoria dos lugares centrais. In: SANTOS, M. (org). Novos rumos da geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982.

FRESCA, T. M. A dinâmica funcional da rede urbana do oeste paulista: estudo de casos: Osvaldo Cruz e Inúbia Paulista. 1990. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Departamento de Geociências do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis.

FRESCA, T. M. A rede urbana do norte do Paraná. Londrina: Eduel, 2004.

FRESCA, T. M. A rede urbana norte - paranaense e cidades especializadas em produções industriais: Arapongas, Apucarana e Cianorte. In: ENCONTRO DE GEÓGRAFOS DA AMÉRICA LATINA, 10, 2005, São Paulo. Anais... São Paulo, 2005, p. 5554-74.

FRESCA, T. M. Em defesa dos estudos das cidades pequenas no ensino de geografia. Geografia, Londrina, vol. 10, n. 01, p. 27-34, jan/jun. 2001.

FRESCA, T. M. A re-inserção das pequenas cidades na rede urbana norte - paranaense. Londrina: UEL, 2008 (inédito)

SANTOS, M. Espaço e sociedade: ensaios. Petrópolis: Vozes, 1982.

SANTOS, M. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.
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OFICINA

COMO APRENDER GEOGRAFIA COM A UTILIZAÇÃO DE JOGOS

Considerando que o jogo pode ser um instrumento de grande potencial no processo de ensino-aprendizagem, foi elabora um jogo de quebra-cabeça visando recordar o conteúdo dado a sexta serie do ensino fundamental durante o ano letivo, as partes do quebra-cabeça constituíam-se nos estados federativos do Brasil onde unidos formariam o território nacional, ou seja, o mapa político brasileiro.
Contudo, a proposta é trazer uma maior dinamização e relação entre alunos e professor e com que os alunos tenham uma maior elucidação do conteúdo, tendo em vista que será um tipo de revisão de conteúdo.

Como construir o quebra-cabeça

A construção é simples e sem grandes custos, você utilizará os seguintes materiais:
1 ou 2 folhas de papel Paraná;
1 mapa político do Brasil ampliado (se possível do tamanho da folha);
Papeis laminado ou tinta de cores diversificadas (algum material que utilizará para revestir;
Cola e tesoura; e
Papel carbono;
Primeiro deve-se desenhar o mapa do Brasil no papel Paraná utilizando o carbono para facilitar, logo corte as partes onde estão localizados os estados federativos com a melhor definição possível, em seguida, cole nos estados o papel laminado ou pinte-os diversificando as cores para que não haja conflito entre estados vizinhos, ou seja, para que eles não tenham a mesma cor. Deste modo, esta pronta o quebra-cabeça com 27 peças, monte-o para ver se o encaixa esta boa.
Feito o jogo deve-se fazer questões relacionadas aos estados (capital, clima, relevo), que tenha estudado durante o ano, é sugerido que sejam umas cinco para cada estado. Assim, acertando a questão referida ao estado o aluno esta habilitado a montar aquela peça que escolheu.

Fotos de realização da oficina em sala de aula








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